Enxaqueca: especialista da FSFX ressalta a importância do diagnóstico e tratamento adequados

Enxaqueca: especialista da FSFX ressalta a importância do diagnóstico e  tratamento adequados
Abordagem multifatorial e tratamento personalizado são essenciais para lidar com a doença e melhorar a qualidade de vida

Atingindo cerca de 15% da população universal, segundo a Organização Mundial da
Saúde (OMS), a enxaqueca é uma doença neurológica, genética e crônica que se
caracteriza por uma desordem cerebral, devido a disfunções de neurotransmissores
que desencadeiam uma dilatação nos vasos sanguíneos da cabeça e o resultado é
uma forte reação inflamatória.
De acordo com o médico da Família e Comunidade da Fundação São Francisco
Xavier, Dr. Rúbio Andrade, a orientação de especialistas para o diagnóstico é
fundamental para que o indivíduo pare de sofrer com crises intensas. “A busca por um
especialista é importante, pois além do tratamento adequado para a enxaqueca,
outras causas de dor de cabeça são consideradas no diagnóstico, o que pode ajudar a
detectar precocemente dores de cabeça secundárias e doenças como tumores ou
aneurismas cerebrais”.
O diagnóstico da doença é clínico, não dependendo da realização de exames. O
paciente passa por uma avaliação médica em que responde perguntas sobre os
sintomas, descreve o tipo e onde é a dor de cabeça, a frequência e a duração dos
episódios. Além disso, durante a consulta é feita a revisão da história médica pessoal
e familiar do paciente, para identificar fatores de risco genéticos e outras condições
que possam estar relacionadas à enxaqueca.
A principal característica da enxaqueca é a dor de cabeça latejante em um dos lados
da cabeça. Além disso, a doença é frequentemente acompanhada por náuseas,
vômitos, sensibilidade à luz e sons. Podem ainda haver alterações visuais ou
formigamento, que se iniciam antes da dor de cabeça intensa.
Segundo o Ministério da Saúde, as mulheres são duas a três vezes mais afetadas pela
enxaqueca do que os homens. “Isso acontece porque uma das causas da doença é a
alteração hormonal. Muitas mulheres sofrem de enxaquecas relacionadas ao ciclo
menstrual, principalmente durante o período pré-menstrual, quando os níveis de
estrogênio diminuem”, explica Rúbio.
A enxaqueca pode gerar um impacto profundo na qualidade de vida dos pacientes,
com estresse, ansiedade, depressão e irritabilidade, e assim, afetar o bem-estar
emocional e a saúde mental dos portadores. As dores intensas podem ser
debilitantes e interferir nas atividades diárias, como trabalho, estudo e exercícios
físicos.
Para minimizar o impacto na qualidade de vida, Dr Rubio afirma que o tratamento é
multifatorial para, além do alívio da dor, reduzir a frequência e gravidade dos ataques.
Existem dois tipos de medicamentos para tratar a enxaqueca, o primeiro é usado
durante uma crise para aliviar a dor do paciente e, um segundo tipo é usado
regularmente para prevenir futuras crises ou espaçar o tempo entre elas.


“Fatores comportamentais são fundamentais para garantirmos o sucesso no
tratamento. É necessário que o paciente adote um estilo de vida saudável, evitando
estresse físico ou emocional, mantendo um sono adequado e de boa qualidade,
diariamente, além de manter uma alimentação e hidratação adequadas”, conclui.
Fundação São Francisco Xavier
Criada há 54 anos, a Fundação São Francisco Xavier é uma entidade beneficente de
assistência social, reconhecida pelo Ministério da Saúde. Presente em cinco estados
brasileiros e com mais de 5.500 colaboradores, a FSFX administra duas unidades
hospitalares, o Hospital Márcio Cunha (HMC) em Ipatinga (MG), e o Hospital Carlos
Chagas (HMCC) Itabira (MG). Com uma gestão marcada pela responsabilidade, pela
oferta de atendimentos de excelência e pelas melhores práticas de segurança, as
unidades hospitalares contabilizam mais de 70% de seus atendimentos feitos a
pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).