Hipertensão: nova classificação dos níveis de pressão reforça importância da prevenção e dos hábitos saudáveis

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No mês em que se celebra o Dia Mundial do Coração (29), o cardiologista da Fundação São
Francisco Xavier (FSFX), Dr. Milton Henriques Guimarães Júnior, explica as mudanças recentes
nas diretrizes sobre a classificação da hipertensão arterial e alerta para os cuidados que devem
ser adotados desde cedo para preservar a saúde cardiovascular.
A hipertensão arterial é um dos principais problemas de saúde pública no Brasil, atingindo mais
de 38 milhões de pessoas, ou seja, cerca de 1 em cada 4 adultos. A doença, muitas vezes
silenciosa, está diretamente ligada ao aumento do risco de infarto, AVC, insuficiência renal e
outras complicações graves. Segundo dados do Ministério da Saúde, a hipertensão responde por
uma parcela significativa das internações e mortes no país, sendo responsável por
aproximadamente 27% dos casos de morte súbita. Apesar de ser uma condição crônica, pode ser
prevenida e controlada com hábitos saudáveis, acompanhamento médico e uso adequado de
medicação.
Segundo o especialista, a medicina está em constante evolução e novos estudos mostraram que
níveis de pressão arterial mais baixos do que o tradicional “12 por 8” estão associados a menor
risco de eventos cardiovasculares. “A ideia foi trazer um patamar que realmente se associa a
menos complicações. Por isso, valores de pressão sistólica entre 120 e 139 mmHg e de diastólica
entre 80 e 89 mmHg passaram a ser chamados de pré-hipertensão. Essa atualização segue
recomendações já adotadas em países como os Estados Unidos, desde 2017, e na Europa”,
explica.
O que muda para a população
O médico ressalta que não há motivo para alarme. “Isso não significa que quem tem 12,5 por 8,5
precisa começar a tomar remédio. O objetivo é conscientizar sobre o estilo de vida e estimular
hábitos mais saudáveis”, afirma.
De acordo com o cardiologista da FSFX, o início do tratamento medicamentoso continua sendo
indicado apenas para os casos em que a pressão atinge valores iguais ou superiores a 14 por 9
em mais de uma ocasião, ou em situações de risco cardiovascular elevado.
A hipertensão é considerada uma doença silenciosa, mas com impacto devastador em diferentes
órgãos. “Ela danifica os vasos sanguíneos, aumenta o risco de AVC, de infarto, de insuficiência
cardíaca, de aneurisma de aorta e é uma das principais causas de diálise por afetar os rins”,
alerta o cardiologista.
Dr. Milton Henriques reforça que não há perigo imediato para quem mantém a pressão em 12 por
8, mas é essencial a atenção. “Essas pessoas precisam estar conscientes sobre a adoção de
estilo de vida saudável e acompanhar a pressão pelo menos uma vez ao ano”, completa.
FSFX - Fundação São Francisco Xavier
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Classificação da informação: Restrita
Para manter a pressão sob controle, Dr. Milton traz algumas recomendações. “Praticar atividade
física regular, pelo menos 150 minutos por semana, manter uma alimentação baseada em frutas,
legumes, verduras, peixes e castanhas, ter um sono adequado, fazer o controle do estresse e da
manutenção do peso corporal saudável. Além disso, é fundamental acompanhar níveis de
colesterol e glicose no sangue. E, deve-se evitar o excesso de sal, alimentos ultraprocessados,
ricos em sódio, frituras, doces e consumo exagerado de carne vermelha, pois esses itens elevam
a pressão” orienta.
Atualmente, com a acessibilidade a produtos de monitoramento de saúde, o especialista traz
dicas de como escolher o aparelho correto e como fazer a aferição da pressão arterial. “O
aparelho de braço digital, se validado pelo Inmetro, é o mais confiável para medir a pressão em
casa, ao contrário do de punho, que é menos preciso. A aferição deve ser feita em ambiente
tranquilo, com a pessoa sentada, pés apoiados no chão, braço na altura do coração e tendo
evitado o cigarro ou a atividade física intensa nos 30 minutos anteriores”, explica.
Por fim, o cardiologista deixa uma mensagem de conscientização. “Doenças cardiovasculares,
como hipertensão, infarto e AVC, não são consequências inevitáveis da idade. Elas podem ser
prevenidas com hábitos saudáveis, acompanhamento médico e atenção aos sinais do corpo.
Manter o coração batendo bem é sinônimo de vida saudável”, conclui.
Fundação São Francisco Xavier
A Fundação São Francisco Xavier é uma entidade filantrópica que atua desde 1969 e conta com
cerca de 6.200 colaboradores. Atualmente, administra duas unidades hospitalares, sendo o
Hospital Márcio Cunha com cerca de 70% dos atendimentos pelo SUS, em Ipatinga, e o Hospital
Municipal Carlos Chagas com 100% dos atendimentos pelo SUS, em Itabira (MG).
As unidades hospitalares têm uma gestão marcada pela responsabilidade, pela oferta de
atendimentos de excelência e pelas melhores práticas de segurança. Além das unidades
hospitalares, a Fundação é responsável por administrar a operadora de Planos de Saúde
Usisaúde, que possui mais de 200 mil vidas, o Centro de Odontologia Integrada, que mantém os
melhores indicadores de saúde bucal já divulgados no Brasil, e o Serviço de Segurança do
Trabalho, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente – Vita, que soma mais de 160 mil vidas sob sua
gestão.
Na área educacional, o Colégio São Francisco Xavier, unidade precursora localizada em Ipatinga,
é referência em Educação na região, com cerca de 2 mil alunos, da educação infantil à formação
técnica.